INFORMAÇÕES DE INTERESSE - Outros
Órgãos
INSTRUÇÃO
NORMATIVA Nº 205, DE 08 DE ABRIL DE 1988
Publicada
no DOU de 11.04.1988
O MINISTRO-CHEFE DA SECRETARIA DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA-SEDAP/PR, no uso da competência delegada pelos Decretos nº 91.155,
de 18.03.85 e nº 93.211, de 03.09.86, e considerando que a SEDAP é
o órgão Central do Sistema de Serviços Gerais SISG (Decreto
nº75.657, de 24.04.75), responsável pela orientação
normativa dos órgãos setoriais integrantes do referido sistema,
RESOLVE:
Baixar a presente Instrução Normativa - I.N., com o objetivo
de racionalizar com minimização de custos o uso de material
no âmbito do SISG através de técnicas modernas que atualizam
e enriquecem essa gestão com as desejáveis condições
de operacionalidade, no emprego do material nas diversas atividades.
Para fins desta Instrução Normativa considera-se:
1. Material - Designação genérica de equipamentos, componentes,
sobressalentes, acessórios, veículos em geral, matérias-primas
e outros itens empregados ou passíveis de emprego nas atividades das
organizações públicas federais, independente de qualquer
fator, bem como, aquele oriundo de demolição ou desmontagem,
aparas, acondicionamentos, embalagens e resíduos economicamente aproveitáveis.
DA AQUISIÇÃO
2. As compras de material, para reposição de estoques e/ou
para atender necessidade específica de qualquer unidade, deverão,
em princípio, ser efetuadas através do Departamento de Administração,
ou de unidade com atribuições equivalentes ou ainda, pelas
correspondentes repartições que, no território nacional,
sejam projeções dos órgãos setoriais ou seccionais,
(delegacias, distritos, etc.).
RACIONALIZAÇÃO
2.1. É recomendável que as unidades supracitadas centralizem
as aquisições de material de uso comum, a fim de obter maior
economicidade, evitando-se a proliferação indesejável
de outros setores de compras.
2.2. A descrição do material para o Pedido de Compra deverá
ser elaborada através dos métodos:
2.2.1. Descritivo, que identifica com clareza o item através da enumeração
de suas características físicas, mecânicas, de acabamento
e de desempenho, possibilitando sua perfeita caracterização
para a boa orientação do processo licitatório e deverá
ser utilizada com absoluta prioridade, sempre que possível;
2.2.2. Referencial, que identifica indiretamente o item, através do
nome do material, aliado ao seu símbolo ou número de referência
estabelecido pelo fabricante, não representando necessariamente preferência
de marca.
2.3. Quando se tratar de descrição de material que exija maiores
conhecimentos técnicos, poderão ser juntados ao pedido os elementos
necessários, tais como: modelos, gráficos, desenhos, prospectos,
amostras, etc.
2.4. Todo pedido de aquisição só deverá ser processado
após verificação da inexistência, no almoxarifado,
do material solicitado ou de similar, ou sucedâneo que possa atender
às necessidades do usuário.
2.5. Deve ser evitada a compra volumosa de materiais sujeitos, num curto
espaço de tempo, à perda de suas características normais
de uso, também daqueles propensos ao obsoletismo (por exemplo: gêneros
alimentícios, esferográficas, fitas impressoras em geral, corretivos
para datilografia, papel carbono e impressos sujeitos serem alterados ou
suprimidos, etc.).
DO RECEBIMENTO E ACEITAÇÃO
3. Recebimento é o ato pelo qual o material encomendado é entregue
ao órgão público no local previamente designado, não
implicando em aceitação. Transfere apenas a responsabilidade
pela guarda e conservação do material, do fornecedor ao órgão
recebedor. Ocorrerá nos almoxarifados, salvo quando o mesmo não
possa ou não deva ali ser estocado ou recebido, caso em que a entrega
se fará nos locais designados. Qualquer que seja o local de recebimento,
o registro de entrada do material será sempre no Almoxarifado.
3.1. O recebimento, rotineiramente, nos órgãos sistêmicos, decorrerá de:
a) compra;
b) cessão;
c) doação;
d) permuta;
e) transferência; ou
f) produção interna.
3.2. São considerados documentos hábeis para recebimento, em tais casos rotineiros:
a) Nota Fiscal, Fatura e Nota fiscal/Fatura;
b) Termo de Cessão/Doação ou Declaração exarada no processo relativo à Permuta;
c) Guia de Remessa de Material ou Nota de Transferência; ou
d) Guia de Produção.
3.2.1. Desses documentos constarão, obrigatoriamente: descrição
do material, quantidade, unidade de medida, preços (unitário
e total).
3.3. Aceitação é a operação segundo a
qual se declara, na documentação fiscal, que o material recebido
satisfaz às especificações contratadas.
3.3.1. O material recebido ficará dependendo, para sua aceitação, de:
a) conferência; e, quando for o caso;
b) exame qualitativo.
3.4. O material que apenas depender de conferência com os termos do
pedido e do documento de entrega, será recebido e aceito pelo encarregado
do almoxarifado ou por servidor designado para esse fim.
3.5. Se o material depender, também, de exame qualitativo, o encarregado
do almoxarifado, ou servidor designado, indicará esta condição
no documento de entrega do fornecedor e solicitará ao Departamento
de Administração ou à unidade equivalente esse exame,
para a respectiva aceitação.
3.6. O exame qualitativo poderá ser feito por técnico especializado
ou por comissão especial, da qual, em princípio, fará
parte o encarregado do almoxarifado.
3.7. Quando o material não corresponder com exatidão ao que
foi pedido, ou ainda, apresentar faltas ou defeitos, o encarregado do recebimento
providenciará junto ao fornecedor a regularização da
entrega para efeito de aceitação.
DA ARMAZENAGEM
4. A armazenagem compreende a guarda, localização, segurança
e preservação do material adquirido, a fim de suprir adequada
mente as necessidades operacionais das unidades integrantes da estrutura
do órgão ou entidade.
4.1. Os principais cuidados na armazenagem, dentre outros são:
a) os materiais devem ser resguardados contra o furto ou roubo, e protegidos
contra a ação dos perigos mecânicos e das ameaças
climáticas, bem como de animais daninhos;
b) os materiais estocados a mais tempo devem ser fornecidos em primeiro lugar,
(primeiro a entrar, primeiro a sair - PEPS), com a finalidade de evitar o
envelhecimento do estoque;
c) os materiais devem ser estocados de modo a possibilitar uma fácil
inspeção e um rápido inventário;
d) os materiais que possuem grande movimentação devem ser estocados
em lugar de fácil acesso e próximo das áreas de expedição
e o material que possui pequena movimentação deve ser estocado
na parte mais afastada das áreas de expedição;
e) os materiais jamais devem ser estocados em contato direto com o piso.
É preciso utilizar corretamente os acessórios de estocagem
para os proteger;
f) a arrumação dos materiais não deve prejudicar o acesso
as partes de emergência, aos extintores de incêndio ou à
circulação de pessoal especializado para combater a incêndio
(Corpo de Bombeiros);
g) os materiais da mesma classe devem ser concentrados em locais adjacentes,
a fim de facilitar a movimentação e inventário;
h) os materiais pesados e/ou volumosos devem ser estocados nas partes inferiores
das estantes e porta-estrados, eliminando-se os riscos de acidentes ou avarias
e facilitando a movimentação;
i) os materiais devem ser conservados nas embalagens originais e somente
abertos quando houver necessidade de fornecimento parcelado, ou por ocasião
da utilização;
j) a arrumação dos materiais deve ser feita de modo a manter
voltada para o lado de acesso ao local de armazenagem a face da embalagem
(ou etiqueta) contendo a marcação do item, permitindo a fácil
e rápida leitura de identificação e das demais informações
registradas;
l) quando o material tiver que ser empilhado, deve-se atentar para a segurança
e altura das pilhas, de modo a não afetar sua qualidade pelo efeito
da pressão decorrente, o arejamento (distância de 70 cm aproximadamente
do teto e de 50 cm aproximadamente das paredes).
DA REQUISIÇÃO E DISTRIBUIÇÃO
5. As unidades integrantes das estruturas organizacionais dos órgãos
e entidades serão supridas exclusivamente pelo seu almoxarifado.
5.1. Distribuição é o processo pelo qual se faz chegar
o material em perfeitas condições ao usuário.
5.1.1. São dois os processos de fornecimento:
a) por Pressão;
b) por Requisição.
5.1.2. O fornecimento por Pressão é o processo de uso facultativo,
pelo qual se entrega material ao usuário mediante tabelas de provisão
previamente estabelecidas pelo setor competente, e nas épocas fixadas,
independentemente de qualquer solicitação posterior do usuário.
Essas tabelas são preparadas normalmente, para:
a) material de limpeza e conservação;
b) material de expediente de uso rotineiro;
c) gêneros alimentícios.
5.1.3. O fornecimento por Requisição é o processo mais
comum, pelo qual se entrega o material ao usuário mediante apresentação
de uma requisição (pedido de material) de uso interno no órgão
ou entidade.
5.2 As requisições/fornecimentos deverão ser feitos de acordo com:
a) as tabelas de provisão;
b) catálogo de material, em uso no órgão ou entidade.
5.3 As quantidades de materiais a serem fornecidos deverão ser controladas,
levando-se em conta o consumo médio mensal dessas unidades usuárias,
nos 12 (doze) últimos meses.
5.4. Nas remessas de material para unidades de outras localidades, o setor
remetente, quando utilizar transporte de terceiros, deverá atentar
para o seguinte:
a) grau de fragilidade ou perecibilidade do material;
b) meio de transporte mais apropriado;
c) valor do material, para fins de seguro pela transportadora; e
d) nome e endereço detalhado do destinatário de forma a facilitar
o desembaraço da mercadoria ou a entrega direta a esse destinatário.
5.5. A guia de remessa de material (ou nota de transferência), além
de outros dados informativos julgados necessários, deverá conter:
a) descrição padronizada do material;
b) quantidade;
c) unidade de medida;
d) preços (unitário e total);
e) número de volumes;
f) peso;
g) acondicionamento e embalagem; e
h) grau de fragilidade ou perecibilidade do material.
5.6. O remetente comunicará, pela via mais rápida, a remessa
de qualquer material, e o destinatário, da mesma forma, acusará
o recebimento.
5.7. Para atendimento das requisições de material cujo estoque
já se tenha exaurido, caberá ao setor de controle de estoques
encaminhar o respectivo pedido de compra ao setor competente para as devidas
providências.
DA CARGA E DESCARGA
6.Para fins desta I.N., considera-se:
a) carga - a efetiva responsabilidade pela guarda e uso de material pelo seu consignatário;
b) descarga - a transferência desta responsabilidade.
6.1. Toda movimentação de entrada e saída de carga deve
ser objeto de registro, quer trate de material de consumo nos almoxarifados,
quer trate de equipamento ou material permanente em uso pelo setor competente.
Em ambos os casos, a ocorrência de tais registros está condicionada
à apresentação de documentos que os justifiquem.
6.2. O material será considerado em carga, no almoxarifado, com o
seu registro, após o cumprimento das formalidades de recebimento e
aceitação.
6.3. Quando obtido através de doação, cessão
ou permuta, o material será incluído em carga, à vista
do respectivo termo ou processo.
6.4. A inclusão em carga do material produzido pelo órgão
sistêmico será realizada à vista de processo regular,
com base na apropriação de custos feita pela unidade produtora
ou, à falta destes, na valoração efetuada por comissão
especial, designada para este fim.
6.5.1. O valor do bem produzido pelo órgão sistêmico
será igual à soma dos custos estimados para matéria-prima,
mão-de-obra, desgaste de equipamentos, energia consumida na produção,
etc.
6.5. A descarga, que se efetivará com a transferência de responsabilidade pela guarda do material:
a) deverá, quando viável, ser precedida de exame do mesmo, realizado, por comissão especial;
b) será, como regra geral, baseada em processo regular, onde constem
todos os detalhes do material (descrição, estado de conservação,
preço, data de inclusão em carga, destino da matéria-prima
eventualmente aproveitável e demais informações); e
c) decorrerá, no caso de material de consumo, pelo atendimento às
requisições internas, e em qualquer caso, por cessão,
venda, permuta, doação, inutilização, abandono
(para aqueles materiais sem nenhum valor econômico) e furto ou roubo.
6.5.1. Face ao resultado do exame mencionado na alínea "a" deste subitem,
o dirigente do Departamento de Administração ou da unidade
equivalente aquilatará da necessidade de autorizar a descarga do material
ou a sua recuperação, que, ainda, se houver indício
de irregularidade na avaria ou desaparecimento desse material, mandar proceder
a Sindicância e/ou Inquérito para apuração de
responsabilidades , ressalvado o que dispõe o item 3.1.1. da I.N./DASP
nº 142/83.
6.6. Em princípio, não deverá ser feita descarga isolada
das peças ou partes de material que, para efeito de carga tenham sido
registradas com a unidade "jogo", "conjunto"., "coleção", mas
sim providenciada a sua recuperação ou substituição
por outras com as mesmas características, de modo que fique assegurada,
satisfatoriamente, a reconstituição da mencionada unidade.
6.6.1. Na impossibilidade dessa recuperação ou substituição,
deverá ser feita, no registro do instrumento de controle do material,
a observação de que ficou incompleto(a) o(a) "jogo", "conjunto",
"coleção" ; anotando-se as faltas e os documentos que as consignaram.
SANEAMENTO DE MATERIAL
7. Esta atividade visa a otimização física dos materiais
em estoque ou em uso decorrente da simplificação de variedades,
reutilização, recuperação e movimentação
daqueles considerados ociosos ou recuperáveis, bem como a alienação
dos antieconômicos e irrecuperáveis.
7.1. Os estoques devem ser objeto de constantes Revisões e Análises.
Estas atividades são responsáveis pela identificação
dos itens ativos e inativos.
7.1.1. Consideram-se itens ativos - aqueles requisitados regularmente em
um dado período estipulado pelo órgão ou entidade.
7.1.2. Consideram-se itens inativos - aqueles não movimentados em
um certo período estipulado pelo órgão ou entidade e
comprovadamente desnecessários para utilização nestes.
7.2. O setor de controle de estoques, com base nos resultados obtidos em
face da Revisão e Análise efetuadas promoverá o levantamento
dos itens, realizando pesquisas junto às unidades integrantes da estrutura
do órgão ou entidade, com a finalidade de constatar se há
ou não a necessidade desses itens naqueles setores.
7.2.1. Estas atividades também são responsáveis pelo
registro sistemático de todas as informações que envolvem
um item de material. Este registro deverá ser feito de modo a permitir
um fácil acesso aos dados pretendidos, bem como, deverá conter
dispositivos de "Alerta" para situações não desejadas.
7.3. O controle deverá sempre satisfazer as seguintes condições:
a) fácil acesso às informações;
b) atualização num menor tempo possível entre a ocorrência do fato e o registro.
7.3.1. Compete ao setor de Controle de Estoques:
a) determinar o método e grau de controles a serem adotados para cada item;
b) manter os instrumentos de registros de entradas e saídas atualizados ;
c) promover consistências periódicas entre os registros efetuados
no Setor de Controle de Estoques com os dos depósitos (fichas de prateleira)
- e a consequente existência física do material na quantidade
registrada;
d) identificar o intervalo de aquisição para cada item e a quantidade de ressuprimento;
e) emitir os pedidos de compra do material rotineiramente adquirido e estocável;
f) manter os itens de material estocados em níveis compatíveis
com a política traçada pelo órgão ou Entidade;
g) identificar e recomendar ao ao Setor de Almoxarifado a retirada física
dos itens inativos devido a obsolescência, danificação
ou a perda das características normais de uso e comprovadamente inservíveis,
dos depósitos subordinados a esse setor.
TIPOS DE CONTROLES
7.4. Generalizar o controle seria, além de dispendioso, às
vezes impossível quando a quantidade e diversidade são elevadas.
Deste modo, o controle deve ser feito de maneira diferente para cada item
de acordo com o grau de importância, valor relativo, dificuldades no
ressuprimento.
7.4.1. Estes controles podem ser:
a) registro de pedidos de fornecimento (requisições);
b) acompanhamento periódico;
c) acompanhamento a cada movimentação.
7.4.2
Em se tratando de itens que envolvam valores elevados ou de importância
vital para a organização, a medida que são requisitados
deve-se observar o Intervalo de Aquisição para que não
ocorram faltas e consequentemente ruptura do estoque.
RENOVAÇÃO DE ESTOQUE
7.5 O acompanhamento dos níveis de estoque e as decisões de
quando e quanto comprar deverão ocorrer em função da
aplicação das fórmulas constantes do subitem 7.7.
7.6 Os fatores de Ressuprimento são definidos:
a) Consumo Médio Mensal (c) - média aritmética do consumo nos últimos 12 meses;
b) Tempo de Aquisição (T)- período decorrido entre a
emissão do pedido de compra e o recebimento do material no Almoxarifado
(relativo, sempre, à unidade mês);
c) Intervalo de Aquisição (I)- período compreendido
entre duas aquisições normais e sucessivas;
d) Estoque Mínimo ou de Segurança (Em)- é a menor quantidade
de material a ser mantida em estoque capaz de atender a um consumo superior
ao estimado para um certo período ou para atender a demanda normal
em caso de entrega da nova aquisição. É aplicável
tão somente aos itens indispensáveis aos serviços do
órgão ou entidade. Obtém-se multiplicando o consumo
médio mensal por uma fração (f) do tempo de aquisição
que deve, em princípio, variar de 0,25 de T a 0,50 de T;
e) Estoque Máximo (EM) - a maior quantidade de material admissível
em estoque, suficiente para o consumo em certo período, devendo-se
considerar a área de armazenagem, disponibilidade financeira, imobilização
de recursos, intervalo e tempo de aquisição, perecimento, obsoletismo
etc... Obtém-se somando ao Estoque Mínimo o produto do Consumo
Médio Mensal pelo intervalo de Aquisição;
f) Ponto de Pedido (Pp) - Nível de Estoque que, ao ser atingido, determina
imediata emissão de um pedido de compra, visando a recompletar o Estoque
Máximo. Obtém-se somando ao Estoque Mínimo o produto
do Consumo Médio Mensal pelo Tempo de Aquisição;
g) Quantidade a Ressuprir (Q) - número de unidades adquirir para recompor
o Estoque Máximo. Obtém-se multiplicando o Consumo Médio
Mensal pelo Intervalo de Aquisição.
7.7. As fórmulas aplicáveis à gerência de Estoques são:
a) Consumo Médio Mensal c = Consumo Anual
b) Estoque Mínimo Em = c x f
c) Estoque Máximo EM = Em + c x I
d) Ponto de Pedido Pp = Em + c x T
e) Quantidade a Ressuprir Q = C x I
7.7.1. Com a finalidade de demonstrar a aplicação dessas fórmulas
segue um exemplo meramente elucidativo, constante do Anexo I desta I.N..,
e uma demonstração gráfica constante do Anexo II.
7.8. Os parâmetros de revisão poderão ser redimensionados
à vista dos resultados do controle e corrigidas as distorções
porventura existentes nos estoques.
DA MOVIMENTAÇÃO E CONTROLE
7.9. A movimentação de material entre o almoxarifado e outro
depósito ou unidade requisitante deverá ser precedida sempre
de registro no competente instrumento de controle (ficha de prateleira, ficha
de estoque, listagens processadas em computador) à vista de guia de
transferência, nota de requisição ou de outros documentos
de descarga.
7.10. Ao Departamento de Administração ou unidade equivalente
compete ainda: supervisionar e controlar a distribuição racional
do material requisitado, promovendo os cortes necessários nos pedidos
de fornecimento das unidades usuárias, em função do
consumo médio apurado em série histórica anterior que
tenha servido de suporte para a projeção de estoque vigente
com finalidade de evitar, sempre que possível, a demanda reprimida
e a consequente ruptura de estoque.
7.11.Nenhum equipamento ou material permanente poderá ser distribuído
à unidade requisitante sem a respectiva carga, que se efetiva com
o competente Termo de Responsabilidade, assinado pelo consignatário,
ressalvados aqueles de pequeno valor econômico, que deverão
ser relacionados (relação carga), consoante dispõe a
I.N./SEDAP nº142/83.
7.12. Cumpre ao Departamento de Administração ou unidade equivalente
no que concerne ao material distribuído, cuidar da sua localização,
recolhimento, manutenção e redistribuição, assim
como da emissão dos competentes Termos de Responsabilidade que deverão
conter os elementos necessários à perfeita caracterização
do mesmo.
7.13. Para efeito de identificação e inventário os equipamentos
e materiais permanentes receberão números sequenciais de registro
patrimonial.
7.13.1. O número de registro patrimonial deverá ser aposto
ao material, mediante gravação, fixação de plaqueta
ou etiqueta apropriada.
7.13.2. Para o material bibliográfico, o número de registro patrimonial poderá ser aposto mediante carimbo.
7.13.3. Em caso de redistribuição de equipamento ou material
permanente, o termo de responsabilidade deverá ser atualizado fazendo-se
dele constar a nova localização, e seu estado de conservação
e a assinatura do novo consignatário.
7.13.4. Nenhum equipamento ou material permanente poderá ser movimentado,
ainda que, sob a responsabilidade do mesmo consignatário, sem prévia
ciência do Departamento de Administração ou da unidade
equivalente.
7.13.5. Todo equipamento ou material permanente somente poderá ser
movimentado de uma unidade organizacional para outra, através do Departamento
de Administração ou da unidade equivalente.
7.13.6. Compete ao Departamento de Administração ou unidade
equivalente promover previamente o levantamento dos equipamentos e materiais
permanentemente em uso junto aos seus consignatários, com a finalidade
de constatar os aspectos quantitativos e qualitativos desses.
7.13.7. O consignatário, independentemente de levantamento, deverá
comunicar ao Departamento de Administração ou unidade equivalente
qualquer irregularidade de funcionamento ou danificação nos
materiais sob sua responsabilidade.
7.13.8.O Departamento de Administração ou unidade equivalente
providenciará a recuperação do material danificado sempre
que verificar a sua viabilidade econômica e oportunidade.
DOS INVENTÁRIOS FÍSICOS
8. Inventário físico é o instrumento de controle para
a verificação dos saldos de estoques nos almoxarifados e depósitos,
e dos equipamentos e materiais permanentes, em uso no órgão
ou entidade, que irá permitir, dentre outros:
a)o ajuste dos dados escriturais de saldos e movimentações
dos estoques com o saldo físico real nas instalações
de armazenagem;
b) a análise do desempenho das atividades do encarregado do almoxarifado
através dos resultados obtidos no levantamento físico;
c) o levantamento da situação dos materiais estocados no tocante ao saneamento dos estoques;
d) o levantamento da situação dos equipamentos e materiais
permanentes em uso e das suas necessidades de manutenção e
reparos; e
e) a constatação de que o bem móvel não é necessário naquela unidade.
8.1. Os tipos de Inventários Físicos são:
a) anual - destinado a comprovar a quantidade e o valor dos bens patrimoniais
do acervo de cada unidade gestora, existente em 31 de dezembro de cada exercício
- constituído do inventário anterior e das variações
patrimoniais ocorridas durante o exercício.
b) inicial - realizado quando da criação de uma unidade gestora,
para identificação e registro dos bens sob sua responsabilidade;
c) de transferência de responsabilidade- realizado quando da mudança do dirigente de uma unidade gestora ;
d) de extinção ou transformação - realizado quando
da extinção ou transformação da unidade gestora;
e) eventual - realizado em qualquer época, por iniciativa do dirigente
da unidade gestora ou por iniciativa do órgão fiscalizador.
8.1.1. Nos inventários destinados a atender às exigências
do órgão fiscalizador (SISTEMA DE CONTROLE INTERNO), os bens
móveis (material de consumo, equipamento, material permanente e semoventes)
serão agrupados segundo as categorias patrimoniais constantes do plano
de Contas Único (I.N./STN nº 23/86).
8.2. No inventário analítico, para a perfeita caracterização do material, figurarão:
a) descrição padronizada;
b) número de registro;
c) valor (preço de aquisição, custo de produção,
valor arbitrado ou preço de avaliação);
d) estado (bom, ocioso, recuperável, antieconômico ou irrecuperável);
e) outros elementos julgados necessários.
8.2.1. O material de pequeno valor econômico que tiver seu custo de
controle evidentemente superior ao risco da perda poderá ser controlado
através do simples relacionamento de material (relação
carga), de acordo com o estabelecido no item 3 da I.N./DASP nº142/83.
8.2.2. O bem móvel cujo valor de aquisição ou custo
de produção for desconhecido será avaliado tomando como
referência o valor de outro, semelhante ou sucedâneo, no mesmo
estado de conservação e a preço de mercado.
8.3. Sem prejuízo de outras normas de controle dos sistemas competentes,
o Departamento de Administração ou unidade equivalente poderá
utilizar como instrumento gerencial o Inventário Rotativo, que consiste
no levantamento rotativo, contínuo e seletivo dos materiais existentes
em estoque ou daqueles permanentes distribuídos para uso, feito de
acordo com uma programação de forma á que todos os itens
sejam recenseados ao longo do exercício.
8.3.1. Poderá também ser utilizado o Inventário por
Amostragens para um acervo de grande porte. Esta modalidade alternativa consiste
no levantamento em bases mensais, de amostras de itens de material de um
determinado grupo ou classe, e inferir os resultados para os demais itens
do mesmo grupo ou classe.
8.4. Os inventários físicos de cunho gerencial, no âmbito
do SISG deverão ser efetuados por Comissão designada pelo Diretor
do Departamento de Administração ou unidade equivalente, ressalvado
aqueles de prestação de contas, que deverão se subordinar
às normas do Sistema de Controle Interno.
DA CONSERVAÇÃO E RECUPERAÇÃO
9. É obrigação de todos a quem tenha sido confiado material
para a guarda ou uso, zelar pela sua boa conservação e deligenciar
no sentido da recuperação daquele que se avariar.
9.1. Com o objetivo de minimizar os custos com a reposição
de bens móveis do acervo, compete ao Departamento de Administração,
ou unidade equivalente organizar, planejar e operacionalizar um plano integrado
de manutenção e recuperação para todos os equipamentos
e materiais permanentes em uso no órgão ou entidade, objetivando
o melhor desempenho possível e uma maior longevidade desses.
9.2. A manutenção periódica deve obedecer às
exigências dos manuais técnicos de cada equipamento ou material
permanente, de forma mais racional e econômica possível para
o órgão ou entidade.
9.3. A recuperação somente será considerada viável
se a despesa envolvida com o bem móvel orçar no máximo
a 50% (cinquenta por cento) do seu valor estimado no mercado; se considerado
antieconômico ou irrecuperável, o material será alienado,
de conformidade com o disposto na legislação vigente.
DA RESPONSABILIDADE E INDENIZAÇÃO
10. Todo servidor público poderá ser chamado à responsabilidade
pelo desaparecimento do material que lhe for confiado, para guarda ou uso,
bem como pelo dano que, dolosa ou culposamente, causar a qualquer material,
esteja ou não sob sua guarda.
10.1. É dever do servidor comunicar, imediatamente, a quem de direito,
qualquer irregularidade ocorrida com o material entregue aos seus cuidados.
10.2. O documento básico para ensejar exame do material e/ou averiguação
de causas da irregularidade havida com o mesmo, será a comunicação
do responsável pelo bem, de maneira circunstanciada, por escrito,
sem prejuízo de participações verbais, que, informalmente,
antecipam a ciência, pelo administrador, dos fatos ocorridos.
10.2.1. Recebida a comunicação, o dirigente do Departamento
de Administração ou da unidade equivalente, após a avaliação
da ocorrência poderá:
a) concluir que a perda das características ou avaria do material
decorreu do uso normal ou de outros fatores que independem da ação
do consignatário ou usuário;
b) identificar, desde logo, o (s) responsável
(eis) pelo dano causado ao material, sujeitando-o(s) às providências
constantes do subitem 10.3.;
c) designar comissão especial para
apuração da irregularidade, cujo relatório deverá
abordar os seguintes tópicos, orientando, assim, o julgamento quanto
à responsabilidade do (s) envolvido(s) no evento:
- a ocorrência e suas circunstâncias;
- estado em que se encontra o material;
- valor do material, de aquisição, arbitrado e valor de avaliação;
- possibilidade de recuperação do material e, em caso negativo, se há matéria-prima a aproveitar;
- sugestão sobre o destino a ser dado ao material; e,
- grau de responsabilidade da(s) pessoa (s) envolvida (s).
10.3. Caracterizada a existência de responsável (eis) pela avaria ou desaparecimento do material (alíneas b e c
do subitem 10.2.1.), ficará (ão) esse (s)responsável
(eis) sujeito (s), conforme o caso e além de outras penas que forem
julgadas cabíveis, a:
a) arcar com as despesas de recuperação do material; ou
b) substituir o material por outro com as mesmas características; ou
c) indenizar, em dinheiro, esse material,
a preço de mercado, valor que deverá ser apurado em processo
regular através de comissão especial designada pelo dirigente
do Departamento de Administração ou da unidade equivalente.
10.3.1. Da mesma forma, quando se tratar de material cuja unidade seja "jogo",
"conjunto", "coleção", suas peças ou partes danificadas
deverão ser recuperadas ou substituídas por outras com as mesmas
características, ou na impossibilidade dessa recuperação
ou substituição, indenizadas, em dinheiro, de acordo com o
disposto no subitem 10.3.(alínea c).
10.4. Quando se tratar de material de procedência estrangeira, a indenização
será feita com base no valor da reposição (considerando-se
a conversão ao câmbio vigente na data da indenização).
10.5. Quando não for (em), de pronto, identificado(s) responsável(eis)
pelo desaparecimento ou dano do material, o detentor da carga solicitará
ao chefe imediatas providências para abertura de sindicâncias,
por comissão incumbida de apurar responsabilidade pelo fato e comunicação
ao órgão de Controle Interno, visando assegurar o respectivo
ressarcimento à Fazenda Pública (art.84, do Decreto-Lei nº200/67).
10.6. Não deverá ser objeto de sindicância, nos casos
de extravio, etc.,o material de valor econômico, nos termos do subitem
3.1.1. da I.N./DASP nº 142/ 83.
10.7. Todo servidor ao ser desvinculado do cargo, função ou
emprego, deverá passar a responsabilidade do material sob sua guarda
a outrem, salvo em casos de força maior, quando :
a) impossibilitado de fazer, pessoalmente, a passagem de responsabilidade
do material, poderá o servidor delegar a terceiros essa incumbência;
ou
b) não tendo esse procedido na forma da alínea anterior, poderá
ser designado servidor do órgão, ou instituída comissão
especial pelo dirigente do Departamento de Administração ou
da unidade equivalente, nos casos de cargas mais vultosas, para conferência
e passagem do material.
10.7.1. Caberá ao órgão cujo servidor estiver deixando
o cargo, função ou emprego, tomar as providências preliminares
para a passagem de responsabilidade, indicando, inclusive, o nome de seu
substituto ao setor de controle do material permanente.
10.7.2. A passagem de responsabilidade deverá ser feita obrigatoriamente,
à vista da verificação física de cada material
permanente e lavratura de novo Termo de Responsabilidade.
10.8. Na hipótese de ocorrer qualquer pendência ou irregularidade
caberá ao dirigente do Departamento de Administração
ou da unidade equivalente adotar as providências cabíveis necessárias
à apuração e imputação de responsabilidade.
DA CESSÃO E ALIENAÇÃO
11. A cessão consiste na movimentação de material do
Acervo, com transferência de posse, gratuita, com troca de responsabilidade,
de um órgão para outro, dentro do âmbito da Administração
Federal Direta.
11.1. A Alienação consiste na operação que transfere
o direito de propriedade do material mediante, venda, permuta ou doação.
11.2. Compete ao Departamento de Administração ou à
unidade equivalente, sem prejuízo de outras orientações
que possam advir do órgão central do Sistema de Serviços
Gerais - SISG:
11.2.1. Colocar à disposição, para cessão, o
material identificado como inativo nos almoxarifados e os outros bens móveis
distribuídos, considerados ociosos.
11.2.2. Providenciar a alienação do material considerado antieconômico e irrecuperável.
DISPOSIÇÕES FINAIS
12.Nenhum material deverá ser liberado aos usuários, antes
de cumpridas as formalidades de recebimento, aceitação e registro
no competente instrumento de controle (ficha de prateleira, ficha de estoque,
listagens).
13. O Departamento de Administração ou a unidade equivalente
deverá acompanhar a movimentação de material ocorrida
no âmbito do órgão ou entidade, registrando os elementos
indispensáveis ao respectivo controle físico periódico
com a finalidade de constatar as reais necessidades dos usuários e
evitar os eventuais desperdícios.
14. As comissões especiais de que trata esta I.N., deverão
ser constituídas de, no mínimo, três servidores do órgão
ou entidade, e serão instituídas pelo Diretor do Departamento
de Administração ou unidade equivalente e, no caso de impedimento
desse, pela Autoridade Administrativa a que ele estiver subordinado.
15. As disposições desta I.N. aplicam-se, no que couber, aos Semoventes.
16. Fica revogada a I.N./SEDAP nº 184, de 08 de setembro de 1986 (D.O.U.
de 10/09/86), bem como as demais disposições em contrário.
ALUÍZIO ALVES
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Coordenadoria de Gestão Normativa e Jurisprudencial
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