Ofício Circular CR nº
01/1988
de
14 de novembro de 1988
Senhor(a) Juiz(a),
Conforme noticiado no Ofício
Circular GP/TRT nº 41/2002, com o presente encaminho uma estação
de trabalho composta de microcomputador, equipado com placa de rede e/ou
modem, estabilizador/autotransformador e impressora, para uso de Vossa Excelência,
nessa Vara.
Esses equipamentos foram recebidos
por este Tribunal em face da celebração do convênio INFOJUS,
sob a iniciativa do Supremo Tribunal Federal.
Informo,
por oportuno, que as Secretarias de Informática e de Apoio Administrativo
estão autorizadas a promover os ajustes e as adaptações
necessárias ao pleno funcionamento dos equipamentos nesse Juízo.
Esclareço, por fim, que cópia do documento discorrendo
sobre os aspectos gerais desse projeto de interligação informatizada
do Poder Judiciário encontra-se disponível para consulta
na "home page" do Tribunal, em Presidência - Ofícios Circulares.
Nesta oportunidade, renovo meus protestos de estima e consideração.
MARIA APARECIDA PELLEGRINA
Juíza
Presidente do Tribunal
INFOJUS
ASPECTOS GERAIS
O Projeto de interligação Informatizada do Poder Judiciário
foi concebido com o objetivo de "prover os órgãos do Poder
Judiciário de uma infra-estrutura comum de rede de comunicação
de dados com suporte a dados, voz e videoconferência, de forma a
minimizar os custos (...) e oferecer uma cobertura mais ampla em nível
nacional." Esses recursos estariam disponíveis e acessíveis
a toda a Justiça do País, além da Ordem dos Advogados
do Brasil, da Advocacia-Geral da União e da Procuradoria-Geral da
República, entre outros.
Em 28 de novembro de 2000, foi editada a Portaria nº 156, publicada
no Diário da Justiça de 6 de dezembro de 2000, instituindo
Comissão Interdisciplinar composta de magistrados e especialistas
em informática, para estudar, debater e propor ações
para o Infojus, com base no Projeto preliminar desenvolvido pelo Supremo
Tribunal Federal.
A Comissão apresentou relatório, por meio do qual retrata
a realidade do Poder Judiciário no que tange ao nível de
desenvolvimento tecnológico dos órgãos.
Em 14 de março de 2002, o Presidente do STF, Ministro Marco Aurélio,
por meio da Portaria nº 26, constituiu comissão composta por
servidores do Tribunal, com o objetivo de estudar e propor ações
de desenvolvimento do Infojus e revogou as Portarias referentes à
Comissão anterior.
Além disso, o Presidente manifestou-se em 9 de abril de 2002:
"Proceda-se à elaboração do Projeto de implantação
da Rede Nacional de Informática, sem o qual ficará frustrado
o objetivo da aplicação dos recursos. Imprima-se urgência."
Após várias reuniões, a comissão apresentou
ao Presidente do Tribunal, em 20 de setembro de 2002, proposta de portal
para uma primeira etapa, com serviços de pesquisa de jurisprudência,
doutrina, inovações legislativas, além de notícias,
links e ferramentas diversas.
O portal foi ao ar em 27 de setembro de 2002 e estima-se que a segunda
etapa estará disponível no início de 2003, com serviços
exclusivos e facilidades para os magistrados cadastrados, além
de permitir a conexão e a troca de informações de
forma segura.
ORÇAMENTO
Em 2000, o Tribunal procedeu à inclusão do Infojus no
Plano Plurianual 2000-2003, na forma que segue:
2000 R$ 0,00
0%
2001 R$
16.190.300,00 32%
2002 R$
16.826.600,00 33%
2003 R$
17.483.100,00 35%
TOTAL R$ 50.500.000,00
100%
Considerando
a oportunidade de integrar o Infojus na rede IUDICIS
- a rede informática internacional do judiciário, o então
Presidente do Tribunal, Ministro Carlos Veloso, encaminhou, em 25 de julho
de 2000, oficio ao Presidente da República solicitando abertura
de crédito adicional especial ao orçamento daquele ano, no
valor de R$ 9,5 milhões. Assim, o cronograma de desembolso passou
a ser o seguinte:
2000 R$
9.500.000,00 18%
2001 R$
20.000.000,00 40%
2002 R$
10.900.000,00 22%
2003 R$
10.100.000,00 20%
TOTAL R$ 50.500.000,00
100%
O pedido
foi deferido em dezembro daquele ano, porém em razão da
exiguidade do tempo, não foi possível a utilização
do montante recebido, o que ocasionou em nova solicitação
no ano de 2001 para reabertura do crédito aprovado.
No decorrer do ano de 2001, o orçamento
do Infojus sofreu um contingenciamento de R$ 3.665.685,00 e obteve liberação
de crédito especial de R$ 5.600.000,00.
Assim, a dotação autorizada para aquele ano passou a ser
de R$ 21.934.315,00.
Em 2002,
o orçamento sofreu contingenciamento de 5,2 milhões em abril
e de 1,9 milhões em agosto. Em setembro houve o descontingenciamento
de 1,7 milhões, restando ao projeto R$ 5.500.000,00.
EQUIPAMENTOS
No ano de 2001, foram adquiridos 2.000 equipamentos e distribuídos
aos Tribunais de Justiça dos Estados de Goiás, Minas Gerais,
Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.
Em 19 de março de 2002, o Ministro Marco Aurélio encaminhou
ofícios aos tribunais do País solicitando informações
sobre as necessidades vinculadas ao Infojus, no que se refere ao número
de microcomputadores, impressoras e estabilizadores.
Como resposta, foram solicitadas 29.210 máquinas. Diante da impossibilidade
do total atendimento do pleito e considerando que em 2002 finalizou-se
o processo de compra de 3.000 equipamentos, o coordenador do Infojus, Dr.
Athayde Fontoura Filho, encaminhou documento ao Presidente submetendo uma
proposta de distribuição dos equipamentos adquiridos com
base em critérios numéricos. Dessa forma, apesar do número
de equipamentos a serem distribuídos ser inferior ao número
de equipamentos solicitados, o critério adotado não faz nenhum
tipo de distinção ou privilégio.
Assim, em 14 de outubro de 2002, será realizada solenidade na
sede do STF para assinatura dos convênios de doação
dos equipamentos aos tribunais do País. Com isso, a utilização
das máquinas fica vinculada ao objeto do Infojus e a fiscalização
do termo conveniado fica sob a responsabilidade dos Tribunais de Contas
da União e dos Estados. Serão assinados, também,
convênios com os tribunais que receberam os equipamentos na primeira
aquisição, de forma que também haja o compromisso
de vinculação da utilização das máquinas
ao Projeto Infojus.
INFRA-ESTRUTURA FÍSICA
A infra-estrutura projetada foi concebida com intuito de prover uma
rede simples, escalável, extremamente segura e de baixo custo.
Simples, por ser baseada em tecnologias amplamente difundidas no mercado;
escalável, pela possibilidade de implantar novos serviços
de acordo com a demanda; segura, pois cada ponto de acesso à rede
possui mecanismos apropriados de segurança visando manter a integridade,
confiabilidade e confidencialidade de todas as informações
disponibilizadas pelos serviços do INFOJUS.
Ao contrário de outras redes que utilizam infra-estrutura de
comunicação baseadas em prestadoras de serviços,
a Rede INFOJUS utilizará, em grande parte, a infra-estrutura já
existente nos Tribunais interligando-os através de uma linha privada
(Tribunais Superiores) ou da via Internet (Tribunais Regionais), utilizando,
dessa forma, recursos instalados e disponíveis.
CONEXÕES:
A rede do Poder Judiciário
disponibilizará as seguintes formas de acesso:
REDE DO PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAIS
SUPERIORES
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<----->
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INFOJUS
|
<----->
|
TRIBUNAIS
REGIONAIS
(INTERNET)
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Conexão
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Redes
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Dedicada
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Privadas
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7conexões
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100 conexões
VPN (Hardware)
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Internet Acessos
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VPN (Software)
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JUÍZES
5000
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ACESSO DEDICADO - FRAME-RELAY
Esse tipo de acesso será exclusivo para as ligações
com os Tribunais Superiores sediados em Brasília e demais órgãos
superiores como Procuradoria Geral da República e Justiça
Federal.
Estão previstas nessa fase 10 conexões.
ACESSO VIA INTERNET - VPN
Os demais órgãos do poder judiciário terão
suas redes locais interligadas via Internet, através de um canal
virtual seguro e criptografado, disponibilizados através de equipamentos
que serão padronizados e fornecidos pelo STF para as 100 (cem) primeiras
conexões (que serão definidas pelo STF). Para os demais
órgãos que desejarem ligar suas redes locais ao Infojus,
serão orientados quanto aos padrões técnicos necessários
para viabilizar tal ligação.
SEGURANÇA
Para prover segurança da rede INFOJUS as seguintes tecnologias
serão utilizadas:
VIRTUAL PRIVATE NETWORK - VPN
Tecnologia usada para estabelecer uma comunicação segura
(Túnel) entre Redes utilizando o meio público de comunicação
(Internet).
Essa Tecnologia será usada na ligação do INFOJUS
com os Tribunais Regionais.
FIREWALL
Equipamento especializado em controlar acessos. Aplicativo que intercepta
as conexões de entrada e saída de uma rede e decide qual
destas conexões podem ser aceitas e quais devem ser recusadas.
Esse equipamento será instalado nas dependências do INFOJUS.
AUTENTICAÇÃO POR TOKEN
Método de autenticação e validação
de usuário usando senhas dinâmicas. O Token será usado
para os usuários que fizerem uso do serviço. Consiste em
um dispositivo que gera senhas aleatórias que, em conjunto com a
senha memorizada pelo usuário, proverá acesso ao INFOJUS.
IDS (INTRUSION DETECTION SYSTEM)
Sistema de Detecção de Intrusos, que tem como principal
função "vigiar" a rede internamente com objetivo de identificar
tentativas de violação das informações e, caso
sejam detectadas, tomar as devidas ações. Será usado
para monitorar o tráfego no INFOJUS.
SERVIÇOS DE INFORMAÇÃO
DO PORTAL
-
Pesquisa de legislação federal, estadual e municipal;
- Pesquisa simultânea de jurisprudência;
- Pesquisa de Doutrina em bases textuais e referenciais;
- Serviço de controle e armazenamento do histórico dos
conteúdos publicados;
- Serviço de controle de publicação de conteúdos;
- Divulgação das principais notícias ligadas ao
judiciário;
- Pesquisa bibliográfica simultânea;
- Visualização de artigos jurídicos;
- Serviço de push para diversas informações;
- Download diversos de modelos úteis à área judiciária;
- Download de ferramentas e aplicativos diversos úteis aos serviços
do judiciário;
- Quadro de avisos on-line;
- Glossário de termos jurídicos e de informática
para magistrados;
- Links de sites com informações jurídicas;
- Sistema de busca a conteúdos diversos;
- Serviço de enquete;
- Serviço de Clipping;
- Fórum;
- Lista de discussão por categorias;
- Chat por categorias com monitoramento on-line;
- Serviço de Mensagens instantâneas;
- Ensino a distância (e-learning);
- Agenda Pessoal individualizada (compromissos, calendário,
anotações, contatos etc...);
- Certificação digital;
- Cartas precatórias eletrônicas;
- Remessa de certidões, por demanda, na forma eletrônica;
- interligação com sistemas do governo;
- Disponibilização de informações por demanda,
de forma segura com uso de identidade digital;
- Acompanhamento processual desde a origem.
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